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As Guerras Mundiais e a Propaganda Política das Nações


Curiosidade: Todas as nações que participaram da Primeira Guerra Mundial em 1914, usaram 'posters' como forma de propaganda - não somente como meios de justificar a participação de sua própria população, mas também para obter homens, dinheiro e recursos para sustentar a campanha militar. É interessante ver alguns posters e relacionar sua direção de arte e o apelo emocional com cada um dos países e seu história. Um fato interessante é que apesar dos EUA entrarem na guerra relativamente tarde - em abril 1917 - eles produziram muitos mais posteres do que toda a outra nação.


- A Influência da Propaganda nas Guerras Mundiais

A América, recém-saída da grande depressão, agarrou-se à sua política isolacionista. Muitos cidadãos, especialmente aqueles que participaram direta ou indiretamente da Primeira Guerra Mundial, tinham um conceito muito bem estabelecido de não-envolvimento em uma campanha custosa em vidas e financeiramente. A maioria da população via a guerra européia como muito distante e totalmente desvinculada da América. Acreditava-se que os recursos industriais seriam melhor empregados na reconstrução do país após a recente crise financeira - que ainda existia - do que em uma guerra além mar, cujas causas nada diziam respeitos a eles. No entanto, a administração Roosevelt, já visualizava que, cedo ou tarde, os Estados Unidos se veriam envolvidos. Antevendo a iminência de conflito, o governo americano iniciou uma campanha de propaganda em massa, visando convencer o público que a guerra era inevitável e necessária, estimulando o alavancamento da produção e criando a crença que o totalitarismo da Alemanha e Japão estavam muito mais próximos do que se podia imaginar. Entretanto, após o ataque de 7 de dezembro de 1941 à base aeronaval de Pearl Harbor, tal tipo de encorajamento não se fazia mais necessário, uma vez que o público claramente percebeu a ameaça presente pelas forças. Depois de Pearl Harbor, a propaganda voltou-se diretamente para o estímulo à produção bem como o racionamento de bens indispensáveis para o esforço de guerra. As campanhas martelavam os cidadãos com chamadas para a conservação de materiais como gasolina, metais e outros e os convocavam a ajudar o esforço de guerra através do auxílio na produção de materiais bélicos e insumos de primeira necessidade nos fronts. Este tipo de material e discursos eram realizados em tons nacionalistas, prezando as cores patrióticas e em atmosferas tipicamente americanas (ou inglesas).

O imaginário era muito explorado. Eram muito comuns cartazes demonstrando crianças, supostamente patrióticas, sob símbolos nazistas, instando ao público à compra de bônus de guerra e contribuição no esforço para salvar as crianças e a liberdade da América do tacão totalitarista. Outro foco da propaganda aliada, especialmente inglesa, residia na divulgação que os espiões inimigos estavam em todo o lugar e "um homem está morrendo por que alguém falou demais" ou "conversa cuidadosa salva vidas". Normalmente cartazes com este tipo de foco eram produzidos em cores escuras e atmosferas sombrias conceitualizando a proximidade da guerra do cidadão comum, estabelecendo que qualquer informação, mesmo pequena, seria utilizada pelo inimigo. Em períodos críticos, foi grande também o esforço propagandístico, principalmente britânico, estimulando o recrutamento, especialmente durante 1940, quando as forças armadas britânicas careciam de efetivos devido aos desastres no continente europeu.


- Mulheres Voluntárias de Guerra

Ao contrário do foco propagandístico alemão, nos Estados Unidos e Commonwealth eram comuns os cartazes que estimulavam a participação feminina nas forças armadas e na produção industrial. Ao passo que a guerra avançava, exigia-se cada vez mais a incorporação dos homens que trabalhavam na indústria para a linha de frente. A partir de 1942 tornou-se cada vez mais comum sugestionar o público feminino a se voluntariar para os postos de trabalhos vagos, como uma forma de impulsionar a causa feminista. Elas eram encorajadas pela idéia de que ajudando seu país elas também estariam ajudando a si próprias, embora nenhuma garantia adicional fosse feita. O público feminino era levado a crer que ao tomar lugar nos processos industriais estariam se tornando vitais para a sociedade Publicitários americanos também usavam temáticas raciais para persuadir o público ao suporte do esforço de guerra. Os filmes produzidos por Frank Capra para o exército talvez sejam uma das mais memoráveis campanhas utilizadas pelo governo na Segunda Guerra. Os sete filmes produzidos pelo autor eram chamados, coletivamente, de "Por que nós lutamos". Muitos dos filmes eram focados na desumanização do inimigo. Nos filmes de Capra e campanhas do período, os propagandistas retratavam italianos, alemães e japoneses como assassinos inumanos, sem capacidade de pensamento próprio e voltados à obediência subserviente aos seus líderes loucos. Exemplificando, em "Conheça seu inimigo - Japão", produzido por Capra e lançado durante os últimos meses da guerra no Pacífico, o autor retratava o soldado japonês como um robô comandado pelos seus líderes. Generalizações depreciantes eram feitas em relação ao povo japonês. No filme, Capra enfatiza o soldado japonês com certas características, implicando ao espectador que todos os japoneses eram a mesma coisa, sem qualquer individualidade e idéias originais. Isto era parte do processo de "desumanização" que funcionou muito bem perante o público e o soldado americano.


Fonte deste artigo: Site Grandes Guerras

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